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sábado, 20 de fevereiro de 2016

A ovelha negra


A guria, no arquétipo da essência, acorria na contradição e contestação íntima. O embate, no comparativo dos manos, caía no decurso das vivências. A autonomia e liberdade, nos caráteres e decisões, saltava nas índoles e olhares. O padrão, em sessenta anos, trazia assombro e surpresa. A mana, na conversa informal, externou velho embuste. Os pais, na ocasião da crise conjugal, sussurraram obscuro transcorrido. A história, em surdina, completou escutada. A filha (maior), na “antena conectada”, ouviu impróprio. O segredo, no arquivado das “sete chaves”, instituía-se na autoria do progenitor. O caixeiro viajante, na definida visita, teria feito acaso e sexo. A obra, no contubérnio, teria resultado na pessoa. Os antigos, em ocorridos, sucediam nas narrações. A verdade, no germe terno, aflora e subsiste nas estações. Os pares, no alongado convívio, caem no desgaste e rotina. O fraquejo, na espécie, decorre nas gerações e intuições. As famílias, na memória oral, conservam achaques e infâmias.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://novotempo.com/

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