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domingo, 31 de janeiro de 2016

O anseio universal


O galã, na manha da psique, conviveu na multiplicidade de companheiras. O namorador, na cancha de bailados e eventos, convivia na fartura das afeições e cooptações. Os mormaços, nas multíplices vagabundagens, sucediam na rotina. O sujeito, nas esquinas e retiros, vivia nas atrações e namorações. O caso, na experiência, detectou jeito banal. O preceito, na eliminação das ressalvas, advinha entre abastadas ou carentes, instruídas ou simples, rurais ou urbanas... As companhias, no padrão da índole, amavam afagos e elegâncias. As apaixonadas, na afinidade dos apreciados, idolatravam ganhos e presentes. As lembranças, em adereços, dinheiros e fragrâncias, caíam no anseio universal. Os coleguismos, na acobertada permuta, transcorriam no volume das graças. Os humanos, na vivência, criaram “comércio persa”. A grana, no direto ou indireto, compra emoções e ofícios. A vida, na variedade dos jeitos, instrui princípios capitais. Os indivíduos, no assaz ou parco, advêm em preço.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://mulher.uol.com.br/

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