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domingo, 30 de agosto de 2015

A instrução do momento


A filha, no asilo e cuidado, acolheu aos idosos pais. Os extremos tempos, no enigma da amargura e moléstia, auferiram auxílio e bondade. A riqueza, no plausível encargo e legado, adveio ignorada e perdida. Os consanguíneos, no análogo, escassearam no artifício e obrigação. As apreensões, nas complicadas horas, ocorreram na oferenda do primoroso. O ganha-pão, no instantâneo, completou desprezado na ação e interesse. A morte, na sensata ocasião, tornou-se abalizada e imprescindível. A filha e neta, na erudição maternal, receberam doutrina e incumbência. A missão, no jazigo, consistiria em fazer arrumações e levar flores. A consciência, no ciclo da existência, consistiu em ter feito aceitável e possível. A alegria e fortuna, no exercido empenho, externaram-se nas alusões e ocasiões. A serenidade, no espírito, sucedeu em bênçãos e virtudes. O sujeito, na doação da vida, necessita exteriorizar gratidão e veneração. O apreço e ternura, na módica idade, desperta ensejo e obrigação. Os espólios, no banal das linhagens, sobrevêm na razão das contendas e dúvidas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/dying-flower


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