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sábado, 29 de agosto de 2015

A censurável incursão


Os cachorros, na indiscreta atitude e exercício, tomaram caminho da excursão e inspeção. As fugidas, nas caladas do pátio e distração do dono, envolviam alheios domínios e instalações. Os detritos dos tratos, no vizinho, viram-se ingeridos e suprimidos. A coragem e ousadia, na ocasião, tornou-se prática rotineira. O contíguo, no anseio de atalhar arranca-rabos e enredos pela vizinhança, adotou argucioso artifício e recurso. As bestas, na dimensão da passagem e visita, incidiam na afronta e surpresa. O rojão, no aceso e impelido, instituía deslocamento de ar. O estrondo, no desgosto dos ouvidos, passou inconveniência e respeito aos capetas. Os enfadonhos, no abreviado tempo, acharam estadia na atinente propriedade. Os limites, no ardil da ciência, incorrem em briosa alocução. Um impróprio comunitário, no meio colonial, incide na briga e intriga entre moradores. Melhor um vizinho achegado do que um irmão distante.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://g1.globo.com/

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