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quinta-feira, 31 de julho de 2014

O proveito dos gigantes


O velho potreiro, na faixa comprida e estreita, conheceu o plantio do eucalipto. As brandas mudas, numa década, modificaram a paisagem. Plantas tornaram-se estacas e troncos!
Os gigantes, de trinta a cinquenta metros, enobreceram o ambiente. O raio, em três oportunidades, abateu em exemplares. A moradia e rede elétrica conviveram no perigo!
A correria, na derrubada, acirrou-se no proprietário. As unidades, um por um, foram laçadas nos troncos. As puxadas sucederam-se na proporção dos cortes e quedas!
O persistente receio sobreveio no contexto de cada específico corte. Alguma árvore poderia surpreender e cair na rede. A paciência e sorte foram companheiras inseparáveis!
Três aguerridos, na coragem e determinação, puseram a vida em xeque. Um cortador, a base, serrava a madeira. Dois, na esticada corta, direcionaram o rumo das caídas!
O alívio ocorria a cada queda: “um a menos”. O afeito insano, na audácia, tomou obra nas singelas mãos. O retalhamento, em metros, advém na dezena de unidades!
Afazeres dementes, nalgum período, requerem consolidação. O laborioso confronta-se com papéis agradáveis e desagradáveis!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.ludicoparques.com.br/site/a-empresa/

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