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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Os reclamos femininos


A união matrimonial, por décadas, estendia-se no marasmo. Os reclamos femininos sucediam na diária forma. Os desejos instintivos avolumaram-se nos sonhos de liberdade!
O dedicado e judiado marido, como modesto assalariado, trazia o pão de cada dia. O interesse, no desfecho dos meses, havia na essência do salário! A paciência parecia ilimitada!
Os ganhos, no maior do filão, custeavam os encargos da sobrevivência. Os reclamos e xingamentos, em veladas ameaças de separação, sucediam-se nos cantos e tempo!
As palavras, na independência dos filhos, avolumaram-se nas doses. “Os ouvidos, em momentos, ostentavam-se cheios”. “A cabeça parecia explodir de aborrecimentos”!
O cidadão, na intensa reflexão, concordou na separação. As partes, marido e mulher, dividiram os patrimônios. A aposentadoria permitiu a pacata subsistência!
A residência foi dividida: cada qual residiu numas peças. As conversas e intimidades viram-se descartadas. As aventuras, em bailões e festas, foram liberadas a belo prazer!
O retorno, como pretensão, foi desejada numa altura pela ala feminina. A masculina careceu de ouvir falar ou pensar na ideia. O silêncio e sossego viram-se nobres pérolas!
Quem muito pede, nalgum momento, ganha o solicitado. “Melhor sozinho do que mal acompanhado”!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.papodebacom/

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