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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Os falidos cidadãos


Empreendedores, no ciclo do calçado, aproveitaram para constituir incipientes empresas. Estes, nos favoráveis ventos da economia, arriscaram capital, suor e sangue!
Os microempresários, entre outros, constituíram atelieres de costura, barrancas de couro, depósitos de pele, empresas de curtume, firmas de forma, fábricas de calçado...
O negócio, por gerações, advinha de vento em pompa. O nível de vida, nos vales dos rios (Sinos, Caí, Paranhana, Taquari/RS), floria na fartura e prosperidade!
As dificuldades, no dinheiro fácil das exportações, pareciam impensáveis. Somas milionárias foram desperdiçadas. Carros, fazendas e mansões adquiriram pelos recantos!
A crise, na concorrência asiática (1992), instalou-se no cenário. Empresas, as centenas, fecharam portas. Massas falidas e prédios abandonados multiplicaram-se nos cantos!
Moradores decretaram falência pessoal. Dívidas, em bancos e financeiras, tornaram-se processos. Empregados e fiscos, nas falidas massas, requereram direitos e quinhões!
Várias famílias, outrora tradicionais coureiros-calçadistas, abstiveram-se de recuperar-se dos endividamentos. Elas, em muitos exemplos, defrontaram-se com o desânimo e pobreza!
A previdência, na velhice, ostenta-se os parcos rendimentos. Os patrimônios, das heranças, somaram-se “ao ralo”. As residências, nas carências, “caíram aos pedaços”!
Apostas equivocadas atrasam e penalizam a existência. A constituição de empresas, nas infindáveis exigências, igualam-se as apostas em jogos e loterias!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.amordoce.com/forum/t12512,1-rpg-mansao-vampiresca.htm

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