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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O temor dos irmãos


A modesta e tenra muda acabou transplantada no capim. Ela, na vegetação, temeu a concorrência. Colegas veteranos, dos inimigos naturais, incutiram fobias e precauções!
Os semelhantes, na linguagem das plantas, externaram alerta e aviso. O conselho foi crescer e reagir às adversidades. O cochilo e estagnação significariam perecimento!
O acelerado crescimento obrigou-se à sobrevivência. Arbustos e capim constituíram mato. Pragas consumiram folhas. O sombreamento era sinônimo de carências!
A conversa, na experiência dos anos, denunciou a ilusão. Os inimigos e perigos advinham da espécie. Os semelhantes careciam de dó e piedade dos humildes e retardatários!
As conversas, dos próprios, ostentaram-se ladainha. A adversidade, nas dificuldades da sobrevivência, decorria dos irmãos. Estes viviam de extrair água, luz e nutriente!
As plantas, na ganância e opulência, cresciam gigantes e sadias. A marcação de passo significava ausência de luz. A solução consistiu em fazer o jogo dos fortes e grandes!
Os fracos, no decurso da corrida, acabaram com restrita copa. A eliminação, na morte, revelou-se a alternativa dos plantadores. A madeira proporcionou o retorno do investimento!
A realidade, nas encostas e morros, externa os matos de eucalipto. Os grandes, aos fracos, exprimem no interior da floresta. A concorrência implanta a paulatina seleção!
O exemplo, como lupa, aplica-se a condição humana. O inimigo, na selva de pedra, advém do semelhante. Este, por dinheiro, presta-se a matar, pilhar e sufocar irmãos!
O pior inimigo, a princípio, encontra-se na própria casa. As ladainhas, nas relações, disfarçam e suplantam os escusos interesses!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/

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