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domingo, 19 de janeiro de 2014

O fenômeno religioso


O casal, dos recém unidos, instalou-se na periferia urbana. Este, na pacata rua, revelou-se o primeiro protestante. O fato, na época, despertou admiração e novidade!
Os locais, numas trinta residências, viram-se fervorosos católicos. Uma singela ovelha, como legado familiar, dispersa e perdida de religião no conjunto do rebanho!
A situação, em duas décadas, inverteu o quadro. As igrejas pentecostais achegaram-se e multiplicaram-se no espaço. Um lar após outro mudou de denominação!
A miscelânea, como confusão, instalou-se no cenário. O retrato, nas conversões e reconversões, espelha infindáveis brigas e intrigas. Famílias, a toda hora, mudam de igrejas!
Três famílias, entre católicos e luteranos, mantém-se firmes nas igrejas tradicionais. Os demais aceitaram o proselitismo! Os templos, nas casas, pipocam pelos bairros e ruas!
A taxa de contribuição, pré-fixada nas históricas, estima-se de menos valor. As novas degladiam-se no dízimo. Religiosos, na abundância das ofertas, enriqueceram as claras!
As interpretações e recortes bíblicos, em nome do Pai, Filho e Espírito Santo, mostraram-se ricas e variadas. As diferenças e interesses reforçaram cismas e separações!
A fé prevalece como ativo comércio de serviços. Entidades conflitam no modelo cristão dos Atos dos Apóstolos. O dinheiro desuniu e ramificou em excesso o cristianismo!
As institucionalizações, nos espertos e malandros, criam elevados custos e instalam onerosas castas nos sistemas. Jesus Cristo, nos ensinamentos e mensagens, falou em unir e não dividir o gênero humano!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.rccbrasil.org.br/

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