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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O espírito indomável


O jovem, filho das colônias, tentou ariscar a sorte na cidade grande. O trabalho braçal, na lavoura, seria substituído pela suave jornada urbana! A labuta prometia ganho certo!
O fulano, na empresa de calçados, empregou-se como mão de obra. A tarefa, na linha de produção, seria uma constante e ininterrupta repetência! O homem via-se como máquina!
A ocupação, por semanas, meses ou anos, prometia o exercício da exclusiva função. Os amigos e conhecidos, na minguada renumeração, submeteram-se a estafantes jornadas!
O processo de fabricação, em nenhum momento, acabaria assimilado na confecção. O emprego, na prática, induzia o cidadão à atrofia mental. Aquela idêntica rotina suceder-se-ia!
A situação, no exclusivo e único dia, viu o camarada no emprego e trabalho. O jeito, na ambição maior, consistiu em retornar provisoriamente as tarefas da lavoura!
A ideia, de autônomo profissional, havia sido pensada na tenra idade. O dinheiro, nas escassas privadas economias, foi empregado para enveredar no auto negócio!
A condição de subalternos vê-se rejeitada por muitos. Estes, nas ambições, carecem de comercializar a força de trabalho. Cada qual precisa descobrir e seguir seu norte!       
Os filhos, criados como donos do próprio nariz, carecem de sujeitar-se a condição de semiescravos.  A vida revela-se uma contínua corrida atrás do dinheiro e sonhos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogdojorgeamorim.com.br/

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