Translate

sábado, 4 de janeiro de 2014

A seleção artificial


A área de banhado viu-se tomada pelo reflorestamento. O eucalipto, em função da umidade, ganhou mais espaço. As tenras mudas, em anos, salientaram-se no contexto!
As árvores, na vocação de gigantes, assumiram as próprias aparências. As madeiras, em metros ou toras, multiplicaram em excepcionais quantidades!
A dificuldade, na colheita, reside em encontrar cortadores. O trabalho braçal, no geral, falta nas colônias. Os eventuais assalariados preferem o trabalho urbano!
Os filhos, preocupados nos estudos, carecem de interesse. Eles, com hábitos citadinos, rejeitam as tarefas rurais. O objetivo visa angariar o ganha pão nas aglomerações!
O proprietário, como encaminhado ancião, não deixou por menos. Ele, nas possibilidades de tempo, dirigiu-se ao mato. A reparação revelou-se espécie de chamado!
A tarefa, no interior das centenas de troncos, consistiu no cuidadoso roçado! A vegetação rasteira, como capins e arbustos, foi parcialmente ceifada!
O desbaste e seleção constaram como necessidade. A tarefa transcreveu o capricho e dedicação. As robustas e salientes árvores, na eliminação das menores, ganharam sobrevida!
O detalhe, em semanas, transpareceu na formosura e uniformidade. Esbeltas e grandes árvores formaram artificial floresta. A plantação tornou-se referência no núcleo!
A obrigação, de cuidar dos investimentos, integra a concepção dos moradores. A velha lógica colonial determina: “O olho do patrão faz crescer e florescer o mato”!
O trabalho, como investimento, exige paciência e reparos. Os modestos detalhes, como singelos arremates, fazem especial diferença nos resultados!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.plantandoeucalipto.com.br/p/servicos.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário