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sábado, 4 de janeiro de 2014

A gama de cupons


A coitada e humilde senhora, com carinho e zelo, compra e ganha mais outros vários cupons. A tarefa, como tema de casa, obriga a preencher outra pilha!
O desejo, nos sorteios, inspira em ganhar inesperados prêmios. “A esperança é a última que morre” ou “Deus! Nalgum momento, como consolo e graça, zelará por mim!”
Uns sortudos, na montanha de papel, precisam sair do conjunto de cupons. A unidade de graúdos prêmios, aos privilegiados, fizeram a alegria e satisfação do Natal e da virada!
O fulano, na franqueza, “precisou dizer os pitacos”. “A senhora, na real, corre atrás de passarinho solto. A graça divina, na casualidade, consiste em pegar algum adoentado!”
Achar as miúdas aves revela-se ousadia e tremenda dificuldade. Estas, na natureza, vivem precavidas e vigilantes. Um exclusivo cochilo significa perder a vida!
O idêntico, a grosso modo, aplica-se aos prêmios. O milagroso ostenta-se ser o sortudo. Semanas ou meses, no conjunto, foram ceifados para preencher inúteis cupons!
As promoções, na prática, deveriam favorecer os milhares de consumidores. Mercadorias e taxações, mais em conta (com preços menores), trariam benefícios e vantagens a todos!
Escassa dezena, na sorte, vê-se beneficiada. Outros milhões “ficam lambendo graúdos ou miúdos dedos” nos sorteios. As entrelinhas descrevem: “iludir o povo”!  
As propagandas, no geral, escondem e ofuscam artimanhas e lucros. O tempo, no geral da existência, verifica-se precioso e único!
  
Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://alicevarajao.blogspot.com.br

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