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domingo, 5 de janeiro de 2014

A estranha pescaria

 

O colonial, em geral, adorava alfinetar amigos e conhecidos. A mania, como advertência e sabedoria, havia em externar indiretas. As brincadeiras e falas, para uns, viam-se veladas afrontas!
O piá, numa oportunidade, procurou retribuir a cortesia e gentileza. O cidadão, com educada e esbelta filha, despertava astúcia e interesse aos ”gaviões de prontidão”!
A alheia implicância, no sentido figurado, direcionou-se na pescaria da fulana. O afamado malandro iria fisgar no seio familiar. A ideia consistia “em apanhar o resguardado fruto”!
O paizão, desbocado e tarimbado, externou: “- Piruada! Podem testar a pescaria! Lembrem-se, no entanto, de usar especial isca e reforçado fio. O caniço ajudo a escolher a dedo!”
Os guris, no teor das colocações, arregalaram olhos e temeram palavras. Os pais, com amor e carinho, criam e investem na descendência. O malandro aventura-se em levar de lambuja!
A adolescência entende-se esperta e inteligente. A idade, nas experiências e vivências, ensinou punhados: “uns encontram-se no caminho do retorno na proporção de outros estarem indo”!
As afiadas e ousadas línguas, com pré-determinadas respostas, costumam aborrecer e intrigar os alheios espíritos. “Quem fala o que quer, ouve o que não quer”!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.pescanordeste.com.br

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