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domingo, 19 de maio de 2013

A diluição dos prejuízos



Um forasteiro, em meio ao descuido da vigilância, invadiu o prédio público. O pretexto de usar sanitários foi justificativa para entrada no espaço.
Os armários e gavetas, numa fração de segundos ou minutos, acabaram revirados e vasculhados. As habilidades do malandro mostraram-se coisas de cenário cinematográfico! Este interessou-se meramente pelo item financeiro!
Alguma carteira, da responsável da limpeza, viu-se localizada e subtraída nos valores. Uns cinquenta reais, de imprópria cortesia, sumiram para alegria e satisfação do larápio. As choradeiras e lamúrias abateram-se sobre a necessidade alheia!
Uns amigos, com razão de diluir os prejuízos (numa vaquinha), reuniram valores. Uns parceiros trataram de ajudar em função das amizades e dificuldades financeiras. A sicrana, com minguado salário, precisaria desses reais à sobrevivência.
O curioso ligou a solidariedade! Poucos “dispuseram-se a abrir mão”. A ideia de socializar o prejuízo agradou a escassos interessados. O fato tivesse sucedido nas vantagens “certamente teria chovido gente!” Socializar as vantagens e privatizar os encargos mostra-se uma concepção corrente!
Alguém tratou de dizer: “- Ajudo uma singela parcela! Nada de ressarcir a totalidades dos valores! A sicrana, numa próxima, precisa aprender a cuidar/resguardar melhor seu dinheiro e pertences!” Muitos e a toda hora, numa cidade, são os pedintes de dinheiro!
A impunidade e a oportunidade fazem a desenfreada ladroagem! O cidadão cuida bastante, porém ainda não se mostra o suficiente desconfiado (em meio à tamanha bandidagem e malandragem). As dores de bolso servem como lamurias e lições de vida!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://cabecamalandro.blogspot.com.br

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