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domingo, 22 de dezembro de 2013

A personalidade


O trabalhador, como filho das colônias, migrou à cidade grande. A direção, como motorista de coletivos, tornou-se profissão. A dedicação e persistência viraram obsessão!
A massiva labuta, somada a suadas economias, levou a compra de ônibus. Os dividendos, no contínuo investimento e reinvestimento, avolumaram frota em poucos anos!
A empresa, numa eficaz e racional administração, tornou-se sinônimo de potência. O nome, como referência de eficiência, percorreu as estradas e rodovias do “país continente”!
O dinheiro, nas avolumadas sobras, permitiria comprar os sonhos de consumo. O proprietário, especial abonado, ostentou discrição e humildade. O pacato cidadão continuou!
O patrão, como se fosse qualquer contratado e igual, assentava-se entre centenas de funcionários. O veículo, como condução própria, apresentava-se um modesto e velho popular!
As aberrações e abusos careciam de incorrer nos hábitos financeiros. A filosofia, de pacato cidadão, ostentou-se o norte. Os desperdícios entendiam-se como afrontas de consumo!
Alguns humanos, como avançados espíritos, extraem da natureza o necessário à vida. A festança e ignorância, na ostentação, promovem o descalabro e desigualdade!
O indivíduo, na pobreza ou riqueza, necessita manter a personalidade. A natureza, diante dos desenfreados desperdícios e superpopulação humana, carece da suficiência de recursos!

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogpontodeonibus.wordpress.com

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