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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A incoerência humana



O professor, numa disciplina, resolveu administrar outra prática aula. O estudo, numa propriedade colonial, efetuou-se na visita de campo! Uma excursão conduziu o alunado!
Os estudantes, empenhados e simpatizantes da causa ambiental e animal, puderam conhecer e estudar a criação integrada de suínos. A fabricação de carnes via-se numa prática!
Os coitados dos animais, enjaulados em diminutos cubículos, careciam de maiores perspectivas de vida. Os dias transcorriam naqueles parcos centímetros das instalações!
O alunado, em meio às acirradas críticas, indispôs-se com a produção. Os bichos pareciam estressados e sujos. A denúncia, aos órgãos de defesa, passou na ideia de muitos!
O produtor, na hora da despedida e saída, convidou ao mimo as visitas. A surpresa, debaixo do arvoredo, consistiu num improvisado e ousado piquenique!
O café, com direito a cadeiras e mesas, consistiu em ofertar o cheiroso e saboroso charque e torresmo. Os convidados, na fome e sede, avançaram adoidados e apressados!
O alunado, diante dos apetitosos pratos, ignorou eventual compaixão e sofrimento animal. O prazer da gula descartou as clemências, flagelos e gritarias do bicharedo!
As pessoas, diante das vantagens, esquecem no geral princípios e valores. A barriga cheia e carteira abonada muda cedo ânimos, conversas e humores!
Os humanos, nas práticas cotidianas, sustentam extremas e tremendas incoerências. Os instintos, com facilidade, sobrepõem-se ao conhecimento e racionalidade!

                                                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogdozootecnista.blogspot.com.br/

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