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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Os belos estranhos

 

A jovem estudante, no embalo da noite de sábado, conheceu o fulano. O clima de festa, em meio à bebedeira e dança, fez rolar aventura, amor e carinho!
As partes, no desfecho da festança, pareciam velhos enamorados. A intimidade sexual, nas despedidas do relacionamento, rolou para abafar e suavizar instintos!
A segunda-feira desabrochou aos semanais compromissos e trabalhos. As atividades, do estudo e sobrevivência, precisaram ser retomadas em meio aos alívios e cansaços!
A moça e o rapaz, no espaço de estudos, reencontraram-se às obrigações. A esdrúxula atitude chamou deveras atenção. As partes comportaram-se como belos estranhos!
O outrora casal, apesar das recentes intimidades, parecia não ter existido. Um passou diante do outro sem maiores cumprimentos e olhares!
A sociedade de consumo, com a massificação e urbanização, tornou rotineiro “o degustar de pessoas”. Os próximos vêem-se requisitados na proporção das necessidades!
Os artigos, na proporção de usufruídos, revelam-se descartados nas lixeiras. As relações sociais, na era da globalização, revelam-se ocasionais e rápidas!
                                                           
            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.bbelissima.com

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