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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Passar em frente



Um cidadão, como amado filho, inova na visitação maternal. Ele, como belo exemplo às avessas, serve de alerta ao derradeiro descanso e desleixo!
O fulano, em função do trabalho, mudou-se de cidade. Este, no novo espaço, constituiu família e construiu casa! A visitação, ao local de origem, revelou-se esparsa!
O indivíduo, numa visitação ocasional ao lugarejo, foi convidado ao aniversário do “mano” (irmão). A turma inteira, como filhos, netos e noras, afluíram ao evento!
Uma reunião para ajuntar e reatar relações familiares. Uma possibilidade de relembrar histórias e vivências! Oportunizar uma ideia à descendência sobre as origens!
A programação, entre outras, constou a visitação ao cemitério. A matriarca, no seu descanso derradeiro, deveria ser visitada!
O lugar indicado à descendência! As flores reparadas e a manutenção da lápide avaliada!  Ela há uns bons meses repousava no aparente descaso!
Um rebento, diante do convite da “mana” (irmã), saiu com essa: “- Não precisa! Acabei de passar diante do cemitério!”
Cada qual expressa de forma particular sua consideração e dor! Algumas pérolas carecem de maiores avaliações e explicações!
Uns viventes, dos cemitérios e jazigos, ostentam mais temores como o diabo da cruz. O ostracismo, do perecido, instala-se cedo na descendência. Inúmeras mães ignoram o real gênio das suas produções!
                                                                                   
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.pedromigao.com.br

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