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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O florido feminino


A chuva fina, no frio de inverno sulino, apanha de surpresa determinado cidadão. Este, num quebra galho, pede emprestado o artefato feminino!
Uma colega, na proporção da disponibilidade, cede à colorida e singela sombrinha. O camarada, no bazar da esquina, deseja comprar às pressas algumas guloseimas!
O fulano, para achegar-se ao estabelecimento, precisa percorrer o trajeto duma cobertura na rua principal. O local revela-se o ponto tradicional da concentração dos ociosos!
A surpresa, numa implicância em tom de deboche, advém do morador de rua. Este, vendo o artefato colorido, impressiona-se e exclama diante da turma: “- Florido é!!!”
O usuário, de imediato, entendeu a inesperada atirada. Uma referência das eventuais intimidades do machão (como fosse gostar das parcerias masculinas).
O beltrano, “na esportiva e velada gargalhada”, rebateu a observação: “- Melhor do que andar na chuva como cachorro molhado ou pinto resfriado!!!”
O estranho encontrava-se encharcado! Ouviu o que não precisava e nem queria! Deixa quieto quem está no seu canto! O machismo encontra-se escamoteado e onisciente!
Quem fala o que pensa, ouve aquilo que não convém”. A utilidade, diante da extrema necessidade, indica a referência. Uns, com afiada e polida lábia, expressam falas no tom exato das perguntas!

                                                                                            Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.allkart.net

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