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quarta-feira, 17 de julho de 2013

O despertador da querência


Os colonizadores, nas margens dos rios Sinos, Caí e Taquari (no Estado do Rio Grande do Sul), foram jogados literalmente na selva. O objetivo consistia em desbravar as florestas e fazer produzir os solos!
As cidades, em crescimento e formação, necessitaram de gêneros alimentícios básicos. As melhores terras precisaram duma função especulativa e produtiva!
Os ecossistemas, da Floresta Pluvial Subtropical, viram-se alterados e substituídos. Os matos, a título de exemplo, cederam lugar às lavouras, instalações, moradias e potreiros!
Espécies exóticas, como bovinos, caprinos, muares, ovinos, suínos, viram-se introduzidas e criadas. As necessidades de carnes obrigaram a instalação de pastoreios!
Culturas, como cereais e tubérculos, ganharam importância comercial!
Gramíneas, de aparência nativa, viram-se como verdes tapetes estendidos nos lugarejos coloniais.
Algumas, na proporção da existência dos campos/potreiros, afluíram de própria inspiração. Estas, com aves comuns dos campos naturais, difundiram-se nas paragens.
O quero-quero, sem convite, instalou-se nas áreas de colonização. O alarido ecoou cedo aos quadrantes das criações e plantações. O grito cedo criou outra nobre sabedoria!
A ave, nas caladas dos dias e noites, denuncia a presença humana. Indivíduos, em horários melindrosos ou normais, perambulam pelos ambientes.
A denúncia, sobretudo na Lua cheia, ocorre pelas localidades e propriedades! Os curiosos jamais deixam de averiguar os alaridos!
O difícil consiste em enganar os espertos e naturais da terra. As espécies, de acordo as condições intrínsecas, adaptam-se aos habitats. O bom entendedor, a partir de meias ações e palavras, consegue compreender atitudes e sentidos!

                                                                                       Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://luis.impa.br

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