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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O exemplo paterno


          

                Um certo pai, na proporção de ter constituído família, cedo assimilou uma realidade. Ele não podia mandar os rebentos à roça, enquanto ausentava-se. Precisava tomar a iniciativa de tomar a frente.  Determinar tarefas e ensinar as formas de trabalho. Os filhos, estando como auxiliares, produziam como reforço à produção.  A agricultura de subsistência familiar revelava-se o meio de sobrevivência. Todos, em função das dificuldades familiares, necessitavam auxiliar no bem estar. Prevalecia o princípio básico: “Onde todos labutam um pouco, ninguém trabalha demais”.
          O idêntico aplica-se a quaisquer realidades produtivas. As chefias precisam zelar para o pleno funcionamento da máquina produtiva. Os principais precisam tomar as iniciativas para as atividades fluírem! O professor para aprendizagem acontecer! O criador ocupar-se com o bem estar dos animais (com vistas de produzirem carnes, leite e ovos). O plantador acompanhar o desenvolvimento das culturas (para verificar deficiências e aumentar a quantidade de grãos)... Pode-se, em síntese, dizer: “Não dá para ganhar uma guerra com o soldado no front e os superiores nas trincheiras”.
          Este fato, com a burocracia do Estado brasileiro, verifica-se no desenvolvimento nacional. Os governos, nas três instâncias (municipal, estadual e federal), colocam empecilhos à produção. Criaram uma gama de dificuldades com a legislação.  A preocupação consiste em arrecadar e taxar em detrimento de ser exemplo de eficiência e racionalização dos recursos públicos. O Estado, nas diversas esferas, deveria mostrar-se uma espécie de pai, que torna as iniciativas para o bem estar (grandeza nacional). O cidadão, como numa família, precisa ter um modelo de referência. O governo, no cotidiano, é este (“exemplos falam mais do que mil palavras”).
          O Brasil, para ser uma potência mundial (no Índice de Desenvolvimento Humano), precisa avançar na eficiência das estruturas públicas. Colocar-se como auxiliar e coordenador de quem almeja empreender e produzir.  Mostrar um norte, decidido e firme à população, rumo à grandeza da maturidade das instituições e melhoria da qualidade de vida.

Guido Lang
Livro "Histórias das Colônias"
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://www.brasilazul.com.br/rio-de-janeiro-apart-hoteis-hotel-A.htm 

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