Translate

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O descaso


O convite, ao evento social familiar, atraiu mãe e filho. A confirmação, da especial sobrinha, via-se a excepcional comemoração no interior do templo!
A pregação pastoral, com a tradicional prédica, revelou-se o auge do encontro. O público, afixado e concentrado nas mensagens e palavras, via-se sereno e silencioso!
O rapaz, bem vestido junto à embonecada mãe, demonstrou indiferença. O celular, nalguma provável averiguação das mensagens ou joguinhos, era o centro das atenções!
A cerimônia ostentava-se aquele descaso. O moço parecia trancafiado naquele ambiente religioso! A gritante má educação chamou atenção dos presentes!
O público, no manejo das teclas, estranhou a esdrúxula atitude e comportamento. O camarada, numa comodidade maior, poderia ter ficado nos jogos eletrônicos de casa!
O celular, no cotidiano dos afazeres, assume contínua ocupação e tempo. A revolução das informações encurtou distâncias e mudou costumes!
Os ambientes, próprios às ocasiões, exigem postura adequada dos cidadãos. Os pais, “no pode tudo”, deixam de explicar e impôr limites e valores aos rebentos!
As pessoas, na prática do ato, carecem de compreender o indigesto e ridículo. A vestimenta carece de definir o caráter dos indivíduos!

                                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://observatoriofeminino.blog.br

A arrumação


O cidadão, no ente público, carecia de dar um jeito na organização. Os avisos e pedidos, de amigos e colegas, faziam a mínima diferença! O descaso instalara-se como princípio!
Os materiais, sobretudo papéis, viam-se estirados no ambiente. O visual horrendo, sobretudo da escrivaninha, apresentava-se inconveniente as eventuais visitas!
A situação, por dias e meses, arrastava-se naquele caótico quadro. Os colegas conheciam a tradicional desorganização do companheiro e parceiro!
A senhora moça, ligada à faxina, deparou-se com a nojeira diante do descalabro. Ela, nos surtos dos dias da generalizada limpeza, processou uma revolução!
A fulana tratou de arrumar, descartar, remanejar o lugar. O ambiente, em momentos, adquiriu outros ares e cheiros! A visão manteve-se aconchegante e organizada! 
O estabelecido, diante de não mexer no alheio bem, adveio através de subterfúgio. A justificativa, diante do reclamo, foi externada: “– Colega! Ordens da chefia!”.
O camarada, a inventada superior determinação, deixou de espernear! Ordens precisam ser acatadas e realizadas! A transferência, a lugar ermo, vê-se realizada e temida!
As pessoas acham-se dentro da forma particular de ordem e organização. O ente público, em meio aos muitos rodízios de pessoal, carece de bens ou espaços de uso privado!
As mentirinhas, num jogo de palavras, fazem diferença nas interpretações e resultados. O indivíduo, através das apropriadas formulações e palavras, pode dizer tudo a todos!

                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.portaldorancho.com.br/

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A assistência


A moça e o rapaz, colegas e criados de infância, estabeleceram numa ocasião o namoro. A afinidade e convivência acirraram a afeição e o carinho!
As esperanças e sonhos, da união familiar, viram-se estabelecidos. O infortúnio, numa imprevista doença, abateu-se sobre a jovem moça!
Os tratamentos, de algum tumor cancerígeno, viram-se intensos. O desfecho, depois de incontáveis sofrimentos, resultou em poucos meses de existência!
O elogiável relacionou-se ao comportamento do namorado. O moço, a todo o momento, manteve-se presente e unido à adoentada namorada e sofrida família!
A atitude, como anjo e iluminado ser, suavizou sofrimentos. O fulano, em meio aos diários atropelos, deu-se tempo e trabalho para estar no pé da cama!
A grandiosidade do espírito demonstra-se no cotidiano dos atos. O derradeiro amor concretiza façanhas inimagináveis! A dor alheia torna-nos mais humanos!
Algumas pessoas, nas alheias vidas, mostram-se verdadeiros anjos. O indivíduo, na breve passagem terrena, precisa ser ciente da missão divina!
                                                                                                     
                                                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.magiadourada.com.br

Aos cuidados


        A filha, da idosa mãe, cuida com amor e carinho. A anciã, em décadas de convivência, revela-se uma companhia abençoada e agradável!
A responsável, numa ocasião, precisou dar um rápido passeio. O evento social da sobrinha, numa confirmação, obrigou a momentânea saída!
A mana, outra filha da idosa senhora, foi solicitada em cuidar uma singela noite. Ela, na ocasião excepcional, deveria hospedar algumas horas a enviuvada e valiosa mãe!
A surpresa, diante da negação, fez cair o queixo. A fulana arrumou desculpas para safar-se dos cuidados e obrigações! O detalhe reforçou a outra face da irmã!
A casa, como esfarrapada desculpa, carecia de espaço. A anciã, por vias das dúvidas, deixou de saber do ocorrido! As mães, em situações, desconhecem os próprios filhos!
A triste sina de jovens carecerem de amparar e cuidar de quem lhes deu a vida. As visitas dos pais deveriam ser um especial acontecimento em quaisquer lares dos rebentos!
Os herdeiros mostram-se apressados na divisão dos espólios e morosos nos atendimentos das necessidades. Os exemplos, repassados aos filhos, são o futuro reservado!
As pessoas, nas encruzilhadas das estradas da existência, surpreendem os semelhantes. As famílias, no interior dos clãs, possuem alegrias, diferenças e intrigas!

                                                                            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.bancodasaude.com/

domingo, 27 de outubro de 2013

A exclusão


Um município, em forma de feira, promoveu mais um tradicional evento. O livro assumiu o centro das conversações e preocupações na abonada cidade!
O objetivo, como ente público, consiste em atiçar o amor e curiosidade pela leitura, difundir e incentivar os trabalhos literários, melhorar e promover a economia...
Uma porção de gente, entre alunos e moradores, afluiu ao local comunitário. A estrutura, às atividades de consumo, cultura e venda, viu-se montado numa cidade de lona!
A presença, de maneira discreta, relacionou-se ao conhecido e excluído morador de rua. Este, como habitante das cercanias, alegrou-se da agitação e programação!
Um camarada, entre amigos, conhecidos e forasteiros, tira algum tempo para cumprimentar e dialogar! O descaso e indiferença choca com o ignorado e retraído cidadão!
O fulano, apesar das dificuldades, encontra-se alegre e conversador! Este, conforme a fala, possui a bênção divina. A facilidade de ostentar as refeições naqueles dias!
Alguns anjos, neste tempo, encontram-se a financiar as cortesias. O morador de rua, na senha diária, batalha para angariar algum prato de comida. O fato choca e corta o coração!
A possibilidade, na primeira necessidade, levará a custear outras refeições. O normal e óbvio, no geral da população, revela-se ainda uma alegria e conquista para alguns poucos!
Umas pessoas ostentam-se felizes em meio às migalhas na proporção de muitos sentirem-se infelizes nas abundâncias. A pobreza, em meio à fartura e riqueza, encontra-se inserida e impregnada nos contrastes urbanos!
                                                                         
                                                               Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://noticias.gospelmais.com.br

O ato precipitado


Uma senhora moça, em função dos problemas amorosos e psicológicos, vivia a importunar-se. Os relacionamentos, com familiares, causavam aborrecimentos e conflitos!
A cidadã, numa oportunidade de outra tradicional crise e desavença, tomou a atitude radical. Ela, num ato impensado e precipitado, ingeriu a demolidora soda cáustica!
A tamanha fúria, com problemas no sistema nervoso, causaram danos irreversíveis. A cidadã, depois de concretizado o ato, sofreu danos e dores terríveis nas horas sucessivas!
O arrependimento e desespero levaram a implorar em não querer morrer. O destino, no entanto, encontrava-se selado e traçado! O interior do corpo via-se consumido e dilacerado!
A vítima, diante dos choros, gritarias e rezas, carecia de reverter o caminho derradeiro! Uma morte trágica, de doer e revolver o coração de quaisquer viventes, havia sido incutida!
A disponibilidade do produto, guardado num lugar reservado, levou a desgraça. A atitude depressiva e precipitada levou a postura irreversível!
O cidadão precisa precaver-se nos momentos das bonanças para evitar as desgraças nos impróprios. As brincadeiras e riscos, com a sorte, acabam nalgum momento no infortúnio!
O indivíduo, diante do estresse e precipitação, necessita ostentar distância de artefatos e artigos belicosos. Ações impensadas e precipitadas, depois de efetuadas, originam arrependimentos e pesos de consciência!

                                                                             Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://olhares.uol.com.br/

sábado, 26 de outubro de 2013

A formação


Um casal de jovens, em função de diferenças culturais, deixou de manter o relacionamento amoroso. O contraste de concepções fora empecilho à união familiar!
A moça queria dedicar-se aos estudos. O objetivo consistia em angariar profissão. Uma ocupação renumerada e valorizada no mercado de trabalho!
O rapaz, na prática, fazia descaso com os anos de escola. A sua preocupação era arranjar dinheiro e formar família. O trabalho dava o suficiente à subsistência!
O tempo, em poucos anos, salientou as diferenças. O moço, noutra parceria, tornou-se pai, edificou casa, comprou carro... A construção civil proporcionava excelente grana!
A jovem investiu dinheiro e tempo na formação.  A profissionalização, na universidade, fora uma conquista familiar. A ascensão sucedeu-se no local de trabalho!
A moça, aos familiares, manteve-se abrigada. A formação de família ficou no plano secundário. Os filhos revelaram-se um sonho. A formação prosseguiu na atualização!
As escolhas, nas épocas próprias, definem os trâmites futuros. O estudo costumeiramente significa atraso matrimonial e filial. O importante revela-se em ser feliz!
A formação pessoal ostenta-se um negócio milionário em materiais e serviços. Alguns precisam ocupar-se nas lidas braçais na proporção doutros nas tarefas intelectuais!

                                                                                      Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://cleofas.com.br/semana-da-familia/