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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Os enlameados no melado

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Guido Lang

O colono, na arte do fabrico do melado (“Schmier”), moeu o amontoado de cana. O trapiche, na força animal, espremeu as “muitas varas”. O caldo, na extração sucessiva, foi cozido no progressivo. O calor, nas consecutivas horas de aquecimento, extraiu excessos de umidades e reuniu as inseridas impurezas. O fabricado produto, resfriado e inserido nos vasilhames, conduziu na apreciação das migalhas (no mantido tacho). A criançada, em “escadinha de filhos”, afluiu com colheres em punho. A Schmier, em robustas colheradas, viu-se raspada e reunida à degustação. Os sucessivos lambe-lambes, no amplo recipiente, conduziram em um ambiente melecado para a gurizada. O doce, no disseminado, foi à alegria e o apetite dos insetos. As crianças, no desfecho da degustação, sobrevinham imundas na aparência exterior. O idêntico, no melecado, acontece aos desonestos e mentirosos. Estes, na antecipada hora, verificam-se enlameados na própria sujeira. “A mão do correto e justo (Deus) perpassa por toda a Terra”.

Livro: A Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://alavoura.com.br/

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