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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A instituída solidão

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A cidadã, no decurso do tempo, acudiu na absorção da praxe. A migração, no campo-cidade, acudiu na alteração (da primazia e valor). As clássicas visitas, em “casas entulhadas de gente”, caíram na eliminação e rejeição. Os donos, no trivial (das hospedagens), advêm no ônus (dos consumos e serviços). Os múltiplos, em ditos amigos e parentes, afluem em “apinhado de calculistas”. A pessoa, no valor, acorre na extensão das ofertas (em vantagens). O constituído, no modelo urbano, acorre na abstinência (das visitações). O intuito, na conduta, versa em “não fazer com razão de não receber visitas”. Os exageros, em coleguismos (nos convívios), pulsam em fobia e tempo. As afinidades, no comum, subsistem na mera saudação e troca de palavras (breves). Os comentos e intrigas, na “ciência do alheio refúgio”, caem em ambição e suspeita. As energias, em negações, conferem-se inseridas (no recinto). A solidão, na convivência urbana, rui no cercado de iguais. Amigos, em cifra, advêm em unidade.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.gazetanoar.com.br/

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