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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Os fluidos da terra


A anciã, no cuidado e manejo da horta, estabeleceu ciência e sorte. As plantações, na faina diária de constituída hora, acodem na farta e saudável produção. Os consumos, nos artigos frescos, conduzem no bem-estar e economia familiar. O pormenor, na transplantação e semeadura, acompanha horário do entardecer. O plantio, no crepúsculo, segue as energias e fluidos da terra. A umidade, na absorção noturna, ocorre na devida e fácil proporção. O alento, noutro dia, transcorre no incremento e rejuvenescimento. O ressecamento, na carência solar, sobrevém na ínfima magnitude. Os cultivos, na luminosidade lunar, adotam critério das fases. Os frutos, no abaixo do solo, advém na ausência do brilho e, acima, na presença do fulgor. Os azarentos, na pressa, amanham em quaisquer jeitos. Os exitosos, no artifício, labutam na efervescência das torrentes. A aparente insignificância, na minúcia inicial, transcreve exacerbada diferença no desfecho das tarefas.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://dadivasdaespiritualidade.blogspot.com.br/

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