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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Um vale tudo urbano

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A crise, na origem (da má gestão pública), abateu-se na economia. As pessoas, na maioria, acodem em “falidas e sofridas”. Os débitos, em domésticos, acorrem no dilema da cobertura. O crédito, no “apregoado aos ventos”, defraudou carteiras. As improvisações, em angariar grana, advêm no “deus nos acuda”. Os citadinos, na “selva de pedra”, instituíram um “vale tudo”. Os comércios, no fecundo, adquirem dúbios feitios de ofício. Os padrões, no corriqueiro, ligam-se na disfarçada pilhagem. O assalto, corrupção, drogadição e prostituição intensificam-se no utensílio do “ganho pão”. As contravenções, no submundo, contraem ares de fainas normais. Alguns, no alvo de auferir restos, alienam “cães e gatos nas esquinas”. Os urbanos, no “assentado do galho seco”, coagem-se em “vender alma ao diabo”. A má gerência, na compra refinada e gasto depravado, “implodiu cobertura e ganho”. O usual, na inversão de valores, versa: “O certo decorre como errado e o execrável transcorre em apropriado”.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://lutasartesmarciais.com/

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