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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O ardente elogio

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O cozinheiro, na “arte dos alentos”, advinha em perito. A aptidão, no cochilo, chateava nas conversas. O “mestre-cuca”, no procedimento pessoal, “cantava louros dos próprios feitos” (“aos quatro ventos”). O autoelogio, na comento (da virtude), incidia em “ares de inoportuno”. O sensato trio, na insinuação, importunou-se na alocução. O exato cozido, no ajuizado ambiente, aglomerou gente. O cozido, num panelão, “evocava triunfos do reunido”. A ladainha, no contexto, difundiu-se nos presentes. Os malandros, no pré-cozido, aguardaram momento. O elementar cochilo, na saída (ao sanitário), admitiu acréscimo (de açúcar). A mistura, na ausência de experimento, transcorreu imune. O servido, no carreteiro, mostrou-se indigesto (na mistura doce com salso). A comida, no tamanho esmero, faltou em apreciadores. O prato, no desfecho, parecia impróprio (aos cães). Os humanos, na auto deificação, nutrem aversão e ciúme. A conduta, em sensatos amigos, dispensa concorrências e inimizades.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://gambira.org/

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