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sábado, 9 de julho de 2016

O constituído calo



O celular, no aturado e devotado uso, instituiu bisonho modelo de ente. A espécie, em decorridos tempos, acorria na profecia da ciência. A comunicação, na facilidade da telefonia (na globalização), criou “tipos sui generis”. Os sujeitos, no birrento vício, “cunharam calo no dedo”. O escolhido, no preferencial, advém no polegar. A manipulação, no corriqueiro treino do teclado, descreve incrível aptidão e noção. Os olhos, no afixado e irredutível do painel, consistem em “navegar na esfera virtual”. Os acontecimentos, nas adjacências e associações, semelham fluir na abnegação e apatia. A apreensão, no comum, sobrevém nas bisbilhotices e frivolidades sociais. O receio, na inclusão das notas, perpassa em sensata fofoca transcorrer no despercebido. As informações, na absoluta maioria dos divulgados, aspiram tempo e delineiam inutilidade. A pessoa, no senhor do próprio tempo, presta conta dos consumos e práticas. Os exageros, no exercício trivial, acorrem em dispendiosas e indevidas podridões.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.ultracurioso.com.br/

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