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domingo, 26 de junho de 2016

A sabedoria da cegueira


O morador, no ligado da sujeição da vila, decorre na apatia e ousadia. O residente, no diário dos convívios, vislumbra os desafios da supervivência. O pessoal, na “maior cara-de-pau”, “avança sinal vermelho” das éticas e regras. Os naturais, na periferia urbana, peregrinam nos múltiplos espaços e ocasiões. As vivências, nas experiências, confundem alinho por “vantagem”. A malandrice, no “ganho pão da violação”, revela-se pregada em profissões. O refúgio, na abundância dos casebres e cortiços, abriga gama de transgressores. A amostra, em assaltantes, assassinos, drogados, madames e traficantes, conferem-se banal e múltipla. O “jogo de cintura”, no “cultivo de laço e silêncio”, aflui em astúcia e inteligência. O segredo, em vizinhança envolvida em “problemas de lei”, tomba em ignorar fatos e situações. Os negócios, na obtenção de dias, advêm em evitar créditos e débitos. A pessoa, na “sociedade da contravenção e submundo da periferia”, incide na decência da cegueira e sabedoria.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1626413
Imagem meramente ilustrativa.

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