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sábado, 21 de maio de 2016

O modelo do chupim


O pássaro, no espaço do arvoredo, cercava ocasião. O chupim, no instinto da procriação, buscava depositar ovo. O alheio ninho, no tolo tico-tico, auferia primazia e tradição.  A gênese, na obstinação de prole, transcorria no intento. A mãe, nas cercanias do ninho, tratava de enxotar indiscreto. A persistência, no intruso, conduziu na introdução do ovo. O cansaço, na guarda, inviabilizou rejeite. O idêntico, na expressão humana, sucede em sensatos aventureiros e oportunistas. Os sujeitos, na laia de híbridos e garanhões, ficam no aguardo dos momentos. As loiras e viúvas, no especial das filhas das colônias, verificam-se “exato prato”. Os encostos, na casta de desabonados, delineiam ascensão social. Inúmeras damas, na carência de opção no “mercado dos casórios”, acolhem chamarizes e convites. A cama e mesa, no acanhada faina, afluem cobertas no alheio suor. A nota, na circunstância, calha na insinuação de censurável. A pessoa, na vida, atrai aquilo que faz jus.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://animais.culturamix.com/

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