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domingo, 10 de abril de 2016

O espectro dos amigos


O ancião, na vasta experiência das ocasiões, eternizou aviso e manha. A analogia, no aclarado aos filhos e próximos, vinculou-se na amostra das aves. Os humanos, na apreciação dos bípedes, afluem na avaliação do ajustado das naturezas. Os papos, no bem nutrido, salientam-se nas aparências do apinhado e dilatado. O interior, na ingestão dos gêneros, acorre na ignorância e imaginação. O igual, no quadro dos amistosos, acontece no julgamento das condutas e feições. As pessoas, no cultivo das afinidades, alimentam amizades e bate-papos. As aparências, em contextos e sinais, delineiam interpretações e suposições. Os juízos, nos interesses e reflexões, emanam em enigmas e silêncios. Os certos pessoais, na badalação e profanação das aptidões, nutrem-se nos piores oponentes. Os íntimos, no máximo, convêm manter na cifra dos “dedos da mão”. O sucesso alheio, aos cobiçosos e invejosos, incômoda na extensão da insignificância d’alma. A discrição, nos sentidos, vê-se em sabedoria na aldeia.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://avesdobrasil.openbrasil.org/

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