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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Os indevidos latidos


O animal, na ânsia da entocada presa, acuou a noite inteira. O cachorro, no treinado da caçada, buscava atender aos alentos e instintos. A bicharada, no encravado do mato, aflui no endereço das casas e estradas. A fome, na escassa alimentação, conduz na invasão dos ambientes de pátios e pomares. Os residentes, na condição de vizinhos, advieram na chateação e vigília. Os cochilos, no primeiro momento, viam-se acabrunhados no alarido. O possuidor, na entrada da manhã, abnegou-se em enfiar e vasculhar bosque e morro. O adequado, no bom senso, incidia em chamar e prender besta. As pessoas, na situação dos espaços, instituem dificuldades e tarefas. Os caninos, na ausência de filhos e netos, recheiam vácuos das ausências humanas. Algumas moradas, em recintos rurais, incidem em acobertados canis. A cachorrada, no acolhimento familiar, retrata íntimo e situação dos amos. Os animais, na ausência do lucro e inalterável dispêndio, convêm limitar nas criações.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://1080.plus/

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