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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A intrigante esperteza


Os residentes, no reduto do duelo das vilas, transcrevia novela. A véspera, no pleito, caía no ardil. O povoado, entre oposição e situação, advinha no circo de guerra. Os votos, na disputa a palmo, nutriam cilada e infração. O dúbio, na anterior noite, vinculara-se as janelas e portas abertas das casas. Os eleitores, em altivas horas, agruparam-se em confraternizações e reuniões. A tônica, dentre apostas e contendas, emanava do pleito (municipal). Os cabos eleitorais, no feitio de amigos, afluíram a encontros e moradas. O curioso, no artifício, ligava-se no pretexto. A malandrice, em calejadas figuras, caía na ativa e velada venda. Os sufrágios, no direito, admitiam cotação e negociata. Estirpes, na opção, punham somas nas preferências. Exatos pretendentes, no artifício, advinham no exercício prosaico (da eleição ou reeleição). A justiça, na cegueira, faltava nos dados de coerção. A putrefação, no corruptor e crápula, adentra a enredada distinção. A democracia, na força da grana, plagia administrações e resultados.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.fabio.com.br/

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