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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

A ingrata surpresa

O agricultor, no recanto da propriedade, repetiu usual cultivo. O cereal, na silagem, acertaria na cheia colheita. O solo, no fecundo e plano, facilitara mecanização e produção. O milharal, na limitada área, tomara aparência de espesso mato. O cultivador, na verificação do plantio, incidiu na ingrata surpresa. Algum malandro, no antecipado e camuflado, acolhera expressiva porção das espigas. A ação, na calada, caiu no apinhado e carregado carro. A aquisição, no nulo, auferiu belos lucros. O comércio, em espiga verde, auferiu promoção e sacolão. A atribuição, no roubo, costuma recair em conchavados e forasteiros. O pessoal, nas cercanias urbanas, aflui no ensejo de encher viaturas. Animais, frutas e lenhas, no distraído e largado, aparecem no convite da transgressão. O desprevenido, na impunidade e indefesa, “paga pato”. Os abusados, na coragem e infração, arriscam sorte. Os coloniais, no variável feitio, coexistem no dano e engano. O próspero, na riqueza, cuida acolá e cochila cá nos proveitos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://novanews.com.br/

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