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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O chamado da lavoura


O feriadão, no Natal, desenrolou-se alegre e festivo. O chuvisqueiro, na afinidade dos invernos (sulinos), deu impensados feitios. O calor e úmido, na analogia do Clima Equatorial, completou desarranjo. A trompa d’água, na paisagem (austral), caiu sobre matas e plantações. Os solos, no ambiente das produções, viam-se molhados. Os rurais, no milho em espiga, caíram no problema. A silagem, no ritmo de espera, achava-se no tempo. O cereal, em distintos cultivos, pintava passar do ponto. O sol, entre brechas das nuvens, deu boas vindas. A secagem, no aquecimento infernal, calhou na agilidade. Os pesados utensílios, em possantes tratores, ousaram ceifa. O presságio, em mais chuvas, lia possibilidades de outros dilúvios. Os ousados produtores, em pleno domingo, botaram mão à obra. A tarefa, no corre-corre das linhas, tomou figura. Os colonos, em atrasos, recearam avarias. As obrigações, no propício tempo, clamam execuções. Os filhos das colônias, nos afazeres, brotam devotados e peritos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: https://www.comiva.com.br

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