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quarta-feira, 27 de maio de 2015

O excêntrico tesouro



O malandro, no comércio tortuoso, avultou soma insonhável. As moedas, nos parcos centavos, viam-se avultadas e estocadas no descomunal. A freguesia, nas bucólicas unidades, afluía na aquisição do artigo. A morte, na degradação e indigência, incorria na ação e custo.
O cômputo, no cálculo do unido das peças, alcançara a cifra de sete mil. O total, nas unidades de cinco centavos (0,05 reais), constituía quilos. O metal, no recanto obscuro da casa, nutria-se estocado. A dificuldade, em “desovar” no mercado, adviria no medo da suspeição.
A batida policial, no mando judicial, deparou no singular tesouro. A cifra, no enlaço, exigiu elucidação. As falhas, na coesão, aclararam o delito. O tráfico, no “distribuo de imundícies”, caía no expediente. Os antecedentes, nos registros, avigoraram denúncias e ocorrências.
O fato, nos becos e esquinas (nas cruzadas e viadutos das metrópoles), revela facetas do triste fado. A esmola, em jovens firmes e fortes, acha-se em solicitar finezas. A junção, nas frações, advém na aquisição e custeio do achaque. A dependência química calha nas súplicas.
Os condutores, em abreviar amuamentos e vícios, doam migalhas. O troco, na proporção de fechar modesta soma, direciona-se no “alcance da pedra”. O impróprio jeito, no descalabro, vê-se em “vender desgraças”. A ânsia, no lucro, fenece em auferir consequências.
O conselho, aos pedintes, versa em nunca ofertar dinheiro. A denúncia, nalgum pormenor, costuma advir aos desonestos e ladrões.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://commons.wikimedia.org/

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