Translate

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A inútil reclamação


A família, na exceção do genitor, vivia adaptada ao interior. O sítio, na serena paragem, advinha na alegria e serviço. A liberdade, na natureza, caía na qualidade. O clamor, no conforto e fartura, norteava na publicidade. A televisão transmitia encanto e ilusão.
O consumo e folia, em momentos, incidiam na ausência. O pai, no sensato tempo, trouxe o quarteto. A casa, na cidade, contemplou a estadia. A convivência, no passeio, ocorreu nas maravilhas do consumo. As fartas compras, nos modismos urbanos, assumiram vulto.  
As visitas, no sabor das férias de verão, avaliaram os impróprios citadinos. A fervura, no asfalto e cimento (no artificial), tostavam ambientes. Os delitos e misérias, nos contrastes, sobrevinham nos cenários. O dinheiro, no egoísmo e ganância, calhava os propósitos...
O retorno, ao círculo rural, adveio no antecipado feitio. A natureza, na dádiva divina, sucedeu no alimento, água, ar, calma, sombra... A sonolência, nas quietas noites, acontecia no frescor das abertas janelas. A caminhada ocorria no exercício. A segurança existia no meio...
Uns dependentes apontam felizes e ainda reclamam de pança cheia. O sujeito, nas ocasiões, necessita acolher as alegrias e chances. O choro, no contíguo da beleza e riqueza, atrai os nefandos agouros. Fulanos, na aptidão e contenção, fazem-se de coitados e ingênuos.
O camarada, nas calúnias e lamúrias, convém cerrar alocuções e escutas. Os exageros, no dinheiro e opulência, induzem abusos e infortúnios.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.aluguerferias.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário