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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A singular visita


O cidadão urbano, ao morador das grotas, efetuou singular visita. O feijão novo, no anseio do consumo, adveio no interesse. O sujeito, nos eventos, caía reconhecido. A fortuita conversa, nas partes, caía na esporádica comunicação. As vivências seguiam os seus dias.
A condução, na trilha de chão batido, incidiu no motociclo. O filho, na classe de caroneiro e sociedade, apontou instrução e segurança. A achegada, no entardecer, viu-se marcada pela apreensiva cachorrada. Cinco guaipecas alertavam e conferiam autoridade.
A calmaria, na identificação dos visitantes, apontou aos caninos. O câmbio, na definição de preço, veio no aviso e informação. As instalações e residência sucediam na corrosão do tempo. A família, em três elementos, viviam no livre-arbítrio e natureza.
Um fato, no aclive, atraiu atenção. Duas plataneiras, com estirpe de metro e meio de contorno, eram avaliadas em cento e cinquenta anos. Um ancestral, no início da colonização, tinha fincado as curadas varas. A presença europeia, em terras subtropicais, caía no ambiente.
O passeio exteriorizou as facetas da vivência colonial. A agricultura de subsistência, no modesto domínio, advinha no fruto. A visão, na atmosfera de morro, incidia no frescor e pureza. A faina incidia no próprio empregador. O simples sucedia nos meios de plantação.
A estirpe, nos flagelos das cidades, ignorava experimentos. Agitação, débito, doença, drogadição, pilhagem, trânsito eram noticiários da mídia. O interesse, no contemporâneo e modesto tempo, consistia em residir discreto e retirado. O sereno ocorria no ensejo e prazer.
A vida, na autonomia e liberdade, insere alongados e atraentes dias. Raros indivíduos aventuram-se a achar um canto e viver resguardados.

Guido Lang
 “Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://ciprest.blogspot.com.br/

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