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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O farto prato


O cara, na qualidade de filho das colônias, cunhou-se na dificuldade e faina. A autossuficiência, no domínio rural, regia aos parcos recursos. O dinheiro, na receita, fluía na deficiência. A distância, na falta de condução, acontecia na aguçada caminhada.
As precisões básicas, na base do aipim, feijão e ovo, incidiam no sustento. O estudo, na aguçada curiosidade, conduziu a formação. A informação calhava na alegria e distração. A abastança, na adiantada idade, perpassou na doação e reserva.
O sujeito, na farta alimentação, direcionava a concentração. O agradecimento caía na obrigação. O Todo Poderoso, na oração, incidia no apontamento e veneração. A afeição divina, no silêncio da alocução, sobrevinha no adereço do repleto prato. O Criador benzera o ente.
O desperdício decorria na habitual deficiência. As sobras entendia-se na afronta aos famintos e necessitados. A sorte, na economia e razão, parecia aguçar a riqueza. As bênçãos multiplicaram-se no diário dos afazeres. As hábeis mãos e a mente devem trabalhar unidas.
O consumo, no exato e necessário, sobrevém no bem-estar e fortuna. “Deus abençoa a quem se afeiçoa”.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.reflexoesevangelicas.com.br/

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