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sábado, 8 de novembro de 2014

O peculiar extermínio


O colono, na condição de filho das colônias, procurou fazer a capina mecânica. A tecnologia, na onda da modernidade e carência de mão de obra rural, advinha na elevada prática. O herbicida, na fácil aplicação, abreviou dispêndios e tempo.
O pátio, no combate as daninhas, mostrou-se o lugar próprio. As plantas, no desfecho da primavera, advieram na intensa multiplicação. As abelhas, na carência de floração, recorriam à intensa coleta de materiais. A fome extrema levava ao recurso da primeira flor.
O sujeito, na condição de improvisado apicultor, careceu de continuar na faina. A tarefa, no domínio das próprias colmeias, acabaria no extermínio. O resultado adviria no indigesto “tiro no próprio pé”. O recurso versou em parar tarefa e reforçar trato aos insetos.
O curioso relaciona-se ao escasso pensamento e procedimento. A ganância, no lucro, carece de medir as consequências aos desprovidos e fracos. O lema, no desenfreado capitalismo (movidos em créditos e endividamentos), exigem contínuos recortes de produção.
As tarefas, na realização, precisam advir na consorciação do agradável e útil. Os excessos, nos agrotóxicos e remédios, resultam na progressiva e silenciosa autodestruição.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias

Crédito da imagem: http://www.lookfordiagnosis.com/

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