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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Os ardis da ostentação


O trio de manos, na criação e instrução rural, foi gerado nas dificuldades e modéstias. O trabalho incidiu na derradeira obrigação. A felicidade sucedia nas privações!
Os investimentos familiares, em consecutivas décadas, transportaram a agra produção. A melhora, em aviários, foi o negócio. Os arranca-rabos e boatos tomaram vulto!
A composição de estirpes, nos matrimônios, acoplou cônjuges e filhos. As variadas compreensões e julgamentos assumiram definição. A concorrência instituiu na rotina!
As bases foram alteradas na abastança e dinheiro. A ostentação, no gosto de luxuosos domínios, habitações e veículos, viram-se razão. As famílias concorriam no ter maior e melhor!
A competitividade, na facilidade e grandeza, incrementou discórdias e ganâncias. Os buchichos e invejas dominaram no seio das amizades e convivências das sucessões!
A desunião, em negócios, tornou-se consumada ocorrência. Os acúmulos levaram a criação de dispendiosas estruturas. O trabalho, na conservação, multiplicou-se nas jornadas!
A coexistência incorreu no insignificante tempo. Os falatórios tornaram-se melancólica tônica. As riquezas costumam mais afastar do que unir. A penúria alarga a solidariedade!
As pessoas degladiam-se e doam-se a ambição em aumentar bens. Os alheios, no particular das famílias, redimensionam afetos e compreensões íntimas!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.cumuruxatibabahia.com/

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