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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O conto das videiras


O filho das colônias, segundo a memória oral, acabou instalado no diminuto, oblíquo e pedregoso pouso. A sobrevivência, na dezena de filhos, incidia no contínuo desafio!
A indigência sobrevinha na agregação. O escasso chão prestou-se a criação de cabras e cultivo de uvas. A fortuna, na esperteza, implicava arrancar “água em pedra”!
O conto, em tempos imemoriais, descreve o achado da poda. A cabra, na distração e presteza, desatou-se da corda. A besta, na invasão, abocanhou botões e galhos das parreiras!
As plantas, no impróprio tempo, produziam escassos frutos. As tendidas ramas calharam magros e miúdos cachos. O estrago, na safra, incorria na confiança do fracasso!
A surpresa, em semanas, aconteceu na averiguação. As comprometidas advieram na abundância e com cortejáveis cachos. O corte, na coação anual, fora decifrado!
As videiras, na utilidade, preceituam concisos troncos e reduzidos galhos. A concorrência, no vigor, aceram fruto e qualidade. O sacrifício advém na adição e riqueza!
O acaso incide no agente de extraordinários achados e concretizações. As criações e plantações, na domesticação e propagação, ostentam ingênuos segredos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.clicmercado.com.br/

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