Translate

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Os bens culturais


O ancião, estudioso por natureza, possuía amor pelas publicações. Décadas foram sorvidos na constituição do acervo. Obras seletas eram “escolhidas a dedo”!
O idoso, no porão, acumulou centenas de almanaques, anuários, livros... Os volumes constituíram-se em qualificada biblioteca. Obras, em velhas edições, saíram resguardadas!
A ciência humana amontoada em impressos. O morador, na idade, acabou perecendo numa ocasião. Os herdeiros, no aglomerado de material, percebiam imundície!
Oferta inicial, na visão do descarte, foi abonada na venda. O comprador, possuidor de sebo, fez “festança no ganho”. As publicações, pós limpeza, foram alocadas na exposição!
Os livros, no encolhido, foram comercializados a colecionadores e leitores. A receita, na oportunidade, acabou multiplicada na proporção dos dez. “Entulho” resultou no bom lucro!
As pessoas, no universal, consagram insignificante estima aos patrimônios culturais. Bibliotecas, no agrado dos sábios, caminham em baixa conta!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://prosamagica.blogspot.com.br/2012/06/tradicao-e-o-charme-dos-sebos.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário