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sábado, 26 de julho de 2014

A baixa natalidade


O casal, filho das colônias, trabalhou adoidado e delongado. O princípio, na intensidade das jornadas, incidiu em amontoar riqueza. Os receios moravam na idade!
Os solos, em imóveis, viram-se acumulados à produção agrícola. A miséria, no “inverno da vida”, sucedia nas preocupações. A beneficência, na indigência, incorria no rejeite!
Os dividendos, nos vários investimentos, constituíram o enriquecimento. A minúcia, na organização familiar, arrolou-se no número de filhos. O tempo caminhou parco em gerá-los!
A carência permitiu gerar exclusivo rebento. O sujeito, na abastança, assimilou a “fácil vida”. O dinheiro, no pedido de todo tempo, acabou curtido nos consumos e ostentações!
A velhice, aos progenitores, sucedeu-se no velado descaso. O remorso, no desfecho dos dias, estendeu-se na baixa natalidade. Os filhos deveriam ter sido no maior número!
“Um como nada, dois pouco e três o ideal” externou-se nos alheios conselhos. Os jovens, no círculo das relações, foram orientados na sugestão de excluir um “único rabinho”!
A pessoa, na corrida e curta vida, obriga-se a fazer escolhas. O cidadão enfatiza umas necessidades e desleixa outras prioridades!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://mamae-moderna.blogspot.com.br/

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