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sábado, 14 de junho de 2014

A estranha doença


O assalariado e inativo, na conversa de mercado, discorre sobre a inflação. As partes, “na dor do bolso”, queixam-se do poder de compra. O dinheiro some no conjunto dos aumentos!
Os preços, a cada ida e vinda, absorvem maiores dispêndios. As mercadorias e quantidades, em medidas e volumes, diminuem nas sacolas. A grana verifica-se calculada!
Carnes elevaram preços. Guloseimas atenuaram volumes. Salames encolheram no tamanho... A maquilagem ganhara vulto. Os salários, na reposição, ficaram no contraído!
O aposentado, no espanto, explana: “- Os produtos ostentam a doença da incompetência e vigarice. Os gestores, nas perdas monetárias, elevam ganhos!”
O ganhador constata-se no próprio governo. O administrador, no bom senso, sabe da necessidade dos controles de gastos. As famílias e países perseguem idênticas regras!
A inflação, na ordem nacional, aponta desvios de rota. As alocuções e cantilenas, na dificuldade e requinte da moeda, enganam escassa gente!
O barnabé, na base da pirâmide da produção, sente a “moléstia”. Os trabalhadores, legítimos produtores das riquezas, custeiam nos alicerces os descalabros!
Os governos, na vicissitude da moeda, convivem na agitação e dificuldade no mando. O “veneno do mundo” desponta na língua do povo!

                                                                  Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://br.advfn.com/economia/inflacao/brasil/historia

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