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sábado, 22 de março de 2014

O doce mel


A moradia, na chácara, encontrava-se de escasso uso. Uns poucos dias eram a ocupação anual. A localização, no interior do mato, facilitava o afluxo de indesejados visitantes!
O enxame de abelhas (africanas), no cheiro de outrora ninho, procurou retomar habitação original. A comunidade, encravada entre telhado e teto, alojou-se no baixo forro!
A acirrada labuta, pós instalação, iniciou pelos laboriosos insetos. A preocupação primeira, na sobrevivência, consistia em acumular reservas e multiplicar rebentos!
Os penosos dias, no inverno sulino, consistiam na razão da tarefa. O curioso ligou-se a filosofia de trabalho: a dedicação e satisfação inseriam-se no instinto!
O morador, alérgico a ferroadas e no incômodo, pensou nos venenos. O pó de gafanhoto fora recomendado ao combate. O encaixotamento advinha na racional conta!
O mano (irmão), improvisado apicultor, trouxe o tira-gosto. Mel novo, na ceia matinal, ostentava-se manjar saúde. A ideia, na abdicação, havia em reavaliar a decisão!
As abelhas, especialistas na arte dos produtos nobres, careciam do impróprio tratamento e radical violência. O temor, na inconveniência no espaço, conduziu a hecatombe!
A fala, na doação de mel, externou: “- A ferroada mostra-se deveras dolorida, porém o mel ostenta-se muito doce”. A destruição, no impróprio alojamento, externou a baixa estima!
Algumas consorciações e sociedades, nas desafinidades, descrevem as inviabilidades. As espécies, no habitat, precisam de reservados refúgios!
A preocupação primeira, na facilidade dos venenos, consiste no apressado extermínio. A irracionalidade salienta-se igualmente entre os abençoados pela inteligência!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://mdemulher.abril.com.br/blogs/corpo-saudavel/dieta/consigo-emagrecer-se-trocar-acucar-por-mel/


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