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sábado, 22 de março de 2014

A pérola divina


Deus, na sua infinita bondade e grandeza, resolveu lançar o desafio! Tinha criado sua excepcional obra: o Homem. Ele, inovador e meticuloso, quis tirar a prova. Procurou (os humanos sendo animais pensantes) dar uma pérola a cada qual (membro da espécie). Queria avaliar/testar a astúcia e inteligência das pessoas! Averiguar os cuidados e a eficiência! Inteirar-se dos comportamentos e valorização! Conhecer a multiplicação ou subtração!
As pessoas, quaisquer umas, receberiam o idêntico brinde. Ninguém poderia queixar-se duma eventual discriminação ou má sorte. Nada de choradeiras e lamúrias (pelos cantos e recantos)! Comentários impróprios! A dádiva começaria nos primeiros instantes da concepção e estender-se-ia até o desfecho da existência. Absteve-se de interrogar, aos competidores, de querer participar ou não do jogo. Todos, sem nenhuma exceção, precisariam defrontar-se com a sina. Procurou, ao longo dos séculos, “assistir, de camarote, o desfecho do comportamento da espécie”.
Observou cenas imaginárias, outras impensadas no palco da vida. Aparecia cada qual, nem em profecia ou sonho, poderia ser vislumbrado. Alguns, nas primeiras horas/momentos, desperdiçaram a pérola! Outros, por algum infortúnio/percalço, viram-se privados! Uns, no tempo, foram acrescentando beleza e qualidade ao presente! Muitíssimos, mesmo de uso efêmero, pareciam satisfeitos (com o tempo dado)! Outros mais, em décadas de guarda, fizeram uso sublime. Tentaram, de todos as formas e meios, acrescentar e prolongar os préstimos. A jornada, apesar dos bons e múltiplos anos, pareceu-lhes efêmera. Lamentaram, no momento derradeiro, a partida (sem retorno)! Cada qual, a sua maneira, soube abreviar ou prolongar a cortesia!
A pérola, na prática, relacionava-se ao número de dias/tempo vivenciados sobre a Terra. Muitos abreviaram-nos com as correrias, criminalidades, drogadição, gulas, loucuras, velocidades, vícios... Poucos, com parcimônia e sabedoria, conseguiram acrescentar/multiplicar tempo. Vivenciaram longa jornada (em função da modéstia e racionalidade). Estes, o Deus Criador, considerou esbeltos e nobres! Coube, a cada qual, a oportunidade de abreviar ou prolongar o seu número. A esperteza e habilidade encontra-se nos cuidados! A imprudência abrevia e a prudência multiplica!
Sábio é aquele que consegue longa vida! Viva o prazer de cada dia (como fosse o último). Cuide e enobreça muitíssimo esse patrimônio! Agradeça a Deus, a todo instante (através dos atos), por ter sido um dos privilegiados.

Autor: Guido Lang
Livro: “Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://adeliabrunelli.blogspot.com.br/

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