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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O centro das atenções


O cidadão, na querela de gerações, observou uma modesta e improvisada junção e reunião. Os familiares, no sabor do calor de verão, reuniram-se no encerrar da tarde!
A família, avô, pai, mãe e filhos (dois), encontraram-se assentados em frente a casa. A conversa, outrora animada e mútua, assumiu ares da modernidade na periferia urbana!
O tradicional intercâmbio de sucedidos deixou de existir. Os membros, na conversa informal, relatavam experiências e vivências. O fato aproximava e unia os integrantes!
A preocupação, na intensa comunicação (da atualidade), consiste em mexer em aparelhos. Jornal, rádio e televisão, em bom número, tornaram-se desinteressantes e dispensáveis!
O quadro descreveu: Avô estava de gaiato. O pai telefonou a fornecedores. A mãe ocupou-se das redes sociais. Filhos interessaram-se nos joguinhos dos celulares!
A conversa viu-se inexistente. Amigos e conhecidos careceram de atenção e cumprimento. Os aparelhos, no vício da tecnologia, assumiram o centro das preocupações!
A realidade, na informática, descreve novas vivências. As pessoas vivem antenadas e próximas aos aparelhos. Os indivíduos veem-se senhor do próprio tempo e umbigo!
A convivência informal tornou-se chatice e supérflua. As relações, restritas ao grupo da idade, tornaram-se dilema. A moda verifica-se em desleixar o perto e priorizar a distância!
O resultado trará a geração de solitários. A convivência, na indiferença, verá dificuldades de estabelecer contatos. Os próximos, no descaso, ignoram-se como estranhos!
Indivíduos, na multidão de semelhantes, convivem como “ilhas perdidas no oceano da vida”. As banalidades e futilidades absorvem o centro das atenções e preocupações!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://redeglobo.globo.com/

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