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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O modesto aperitivo


Pai e filho, no imprevisto, assimilaram estranha obsessão. Estes viram-se especiais amigos e parceiros na bebida! Esqueciam-se do trabalho, porém jamais do traguinho (bebida)!
Uns singelos goles, na modesta cana, iniciaram os flagelos da existência. O traguinho, anterior ao almoço e janta, acompanhava as rotineiras refeições!
O “abre apetite” consistia como justificativa. A cachaça, aos poucos, avolumou-se no gosto e quantidade. Pai e filho, sem qualquer exceção, ingeriram “o impróprio”!
As muitas garrafas tornaram-se a triste sina. A bebida virara diária obrigação e razão. Os consumos, nos armazéns e bares, somaram-se as caseiras doses!
O vício, como mazela, encontrou-se instalado. A cachaça, na sequência, originou a desgraça familiar. O filho exagerou na quantidade. Este ingeriu até o auto-extermínio!
O genitor, numa infindável dor, enterrou a própria carne. A pinga trouxe o precoce perecimento. O arrependimento, em não poder dizer não (na infância), fora a triste causa!
Familiares, na bebedeira, revelam-se imprópria companhia. O exemplo, ao astuto e esperto, serve de antídoto. O álcool, na história, ceifou vidas e desestruturou famílias!
A ideia, “não dá em nada”, prevalece na mente dos beberrões. Os prazeres imediatos, em boa dose, sobrepõem-se a racionalidade!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://hypescience.com/divorcio-ou-desinteresse-dos-pais-aumenta-risco-de-bebedeira-em-filhos/

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