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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Os bicos


O camarada, depois de quarenta anos de peleia, aposentou-se no formal emprego. O ganho certo e líquido, no final de cada mês, encontra-se uma realidade familiar!
A aposentadoria trouxe outra necessidade: o tempo. Como passá-lo no cotidiano dos dias e meses? O indivíduo, a título de complemento de renda, arrumou modestos bicos!
Os encargos, como curtido profissional, consistiram em  braçais esforços. As tarefas, entre outros, consistiram em arar lavouras, limpar jardins, reparar instalações...
A remuneração, num pré-combinado entre as partes, sucedia-se por horas ou empleitadas. Algum valor via-se estabelecido abaixo dos reais preços de mercado!
O trabalhador, sem maiores descontos e encargos, avolumava aproximados dois mínimos mensais de renda! Um bom complemento ocorria a arrojada aposentadoria!
Um excepcional reforço de caixa sucedia-se para despesas e investimentos diversos. O passatempo, com singelos ganhos, permitiu a elevação da dignidade e qualidade de vida!
Inúmeros aposentados, como cinquentões, revelam-se jovens para ficar na completa folga e ócio. Trabalhos braçais, com a mecanização, carecem de interessados em realizá-los!
Os apegados e educados no trabalho, desde tenra idade, encontram afazeres e passatempos úteis como tarefas. A ocupação, no princípio de sentir-se útil, ignora a ideia de patologias e velhices!

                                                             Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.correiodeuberlandia.com.br

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